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Quem sai na chuva tem que se molhar

Postado em: 08/02/2009 por Flávio Schmidt

Nesses últimos dias tem chovido bastante, toda tarde, alagando alguns pontos da cidade e proibindo a maioria de circular ou voltar para casa de forma segura. Muitos ficam horas olhando pela janela esperando a chuva passar. Outros se arriscam e molham os pés correndo em ziguezague até chegar ao seu destino. Um guarda-chuva ajuda, mas continuamos com os pés molhados.

Os profissionais de comunicação estão vivendo uma situação parecida. Essa crise é como a chuva que cai lá fora e nos faz ficar olhando pela janela e quando nos arriscamos sentimos o frio dos pés molhados.

Seja pela chuva ou pela crise, vamos levando a vida de acordo com a previsão anunciada pela mídia e pela mulher do tempo. Eu sei que você tem enxugado seus pés e trocado de sapatos, mas eles molham novamente no dia seguinte, fazer o quê.

Para superar essa situação você tem algumas alternativas:

- colocar galochas, mas esse recurso é paliativo. Explico: receber ordens, cortar custos, pressionar fornecedores e assessores, discutir com seus colegas as dificuldades da crise.

- mandar construir uma grande área coberta para proteger todos os envolvidos com sua empresa. Conseguir mídia positiva diariamente, ter notícias e referências favoráveis ou ficar invisível por um período e, portanto, imune por um tempo. Essa pode ser uma alternativa interessante, que deve ser buscada, mas você não tem controle efetivo sobre esses resultados e não sabe exatamente o quanto isso é uma solução para você.

- substituir a mulher do tempo e exercitar sua capacidade de análise e interpretação. Fazer uma avaliação mais acurada da situação considerando você e sua empresa, a posição nesse contexto e as reais possibilidades de superação. Reunir as informações corretas, fazer um julgamento mais apropriado e assumir uma nova postura, consciente, consistente e reveladora.

- fazer planejamento para temporais, chuvas pesadas e garoas. Não esquecer que depois da tempestade vem a bonança. O programa de prevenção e administração de crises não pode ser acionado somente quando houver uma catástrofe. Quando cair o telhado da Igreja Renascer ou o avião Bandeirante da Manaus Aerotáxi. Você tem que atuar preventivamente diante de todas as circunstâncias. Você tem que estar preparado já no período da trovoada, quando as nuvens escuras começam a aparecer e não ficar com atitudes paliativas depois que o temporal já destruiu parte de suas instalações. Prevenção é isso. Não confunda prevenção com “estar preparado para quando a crise chegar”. Prevenir quer dizer: “antecipar o risco e atuar efetivamente para não deixar que a crise ocorra”. Corrija a situação no seu início. No momento em que o indício for identificado.

- apresente seus recursos antipluviais agora. Reúna a direção da empresa, apresente suas premissas e planos e mostre a eles que novas posturas precisam ser adotadas. Comece trocando as galochas de seus executivos, mas faça-os ver que você tem caminhos mais seguros e que podem trilhar por eles. Como responsável pela comunicação corporativa da empresa você é responsável pela conduta dos seus dirigentes. Faça-os ouví-lo.

Não importa em que posição você está, se você faz parte da equipe de comunicação corporativa tem a premissa e a atribuição (responsabilidade) de pensar assim. E a melhor maneira de praticar essa responsabilidade é fazer avaliação, diagnosticar e propor atitudes preventivas.

Agora, se você não pensa assim e como a crise já está instalada, então você pode escolher entre ficar olhando pela janela ou arriscar uma corrida de galochas.

Comentário em: 20/02/2009 | Por Gisele Lorenzetti
Flavio, Deliciosas, inteligentes e oportunas metáforas... Parabéns!!
Comentário em: 17/02/2009 | Por Fábio Betti
Caro Flávio, fico feliz de vê-lo blogando e com um artigo de tão boa qualidade. Keep walking...fast! Abração. Fábio
Comentário em: 12/02/2009 | Por Márciaq Garcia
Ótima maneira de apresentar um ponto de vista extremamente importante, tanto para quem está na posição de liderança quanto para aqueles que, em qualquer outra posição, assumem a responsabilidade e compromisso por fazer acontecer. Flávio parabéns pela clareza de idéias!
Comentário em: 12/02/2009 | Por Marcus Lemos
Excelente o seu post, Flávio. Quem me indicou foi o Ricardo Campos, pois tratei do mesmo assunto no primeiro post do meu blog, com o título "A Comunicação como recurso de sobrevivência à crise". Ficaria muito honrado com a sua visita e leitura. www.marcuslemos.com.br Abraço!
Comentário em: 11/02/2009 | Por Ricardo Campos
Realmente este post está um primor. Um abraço, Ricardo Campos www.ricardocampos.wordpress.com
Comentário em: 11/02/2009 | Por Marcelo Burgos
Flávio, que maravilha esse seu arsenal. Certamente a chuva ameaça menos com os seus conselhos. Belo texto!
Comentário em: 11/02/2009 | Por Patricia Pan
Adorei esse artigo! Como sempre vc traduz as coisas de maneira magistral. beijo Paty
Comentário em: 11/02/2009 | Por Marcos Paulo
Flávio, Excelente analogia! O post está impecável. É um ótimo manual a ser consultado sempre que preciso, seja na chuva ou durante a crise. Rs Att,



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