Finalizada a enquete sobre o autor do texto “Quem supera a crise supera a si mesmo, sem ficar superado”, as opiniões foram distribuídas na seguinte proporção:
34% disseram que o texto foi escrito por Barack Obama.
08% disseram que o texto foi escrito por Mahatma Gandhi.
42,% disseram que o texto foi escrito por Albert Einstein.
16% disseram que o texto foi escrito por Luis Ignácio Lula da Silva.
Não houve nenhum voto para Winston Churchill.
O texto é fantástico e seu autor mais ainda. Quem não reconhece a qualidade de Albert Einstein, que transformou o mundo em muitos aspetos e certamente continuará a promover mudanças sempre que a humanidade evoluir e passar a compreender melhor suas revelações e afirmações.
Mas não são dessas características que desejo falar. Quero avaliar como e quanto isso cobriu todas as partes do mundo. Nos últimos dias, esse texto foi publicado em centenas de meios na internet, cada um dando a ele tratamento diferenciado como informação, oportunidade de debate, alerta, ensinamento, referência literária e até mesmo poética. Encontrei esse texto em pelo menos quatro línguas diferentes. Esse fato demonstrou como o estado de espírito e a ansiedade em relação à crise estava ou está presente nas mentes e nos corações das pessoas.
A capacidade imaginativa de Einstein esteve presente durante a crise e, por causa disso, ampliei minha visão a respeito dela, que além de perceptiva ela é também atmosférica, sem nada de concreto existir. A sociedade está pagando duramente por uma crise que não vê e não tem nenhum poder de interferência. É como a gripe, que você pega no ar e nada tem a fazer, senão esperar que ela vá embora.
Na verdade, essa gripe atingiu também Obama e Lula. Pela natureza do conteúdo, esse texto poderia ter sido escrito por qualquer um deles. Obama recebeu a crise de presente em sua posse e teve que se equilibrar na corda bamba em que foi colocado. Lula passou os últimos meses afirmando que a crise não existia. Mas depois dela “atravessar o Atlântico” fez uma volta, chegou aqui como uma “marola” e, finalmente, se ampliou levando Lula a afirmar que “os empresários estavam exagerando na dose, nas medidas que tomavam”. Acho que Lula não queria acreditar que a crise pudesse ir além dos limites atmosféricos e ficou na corda bamba como o próprio Obama.
Sem entrar no mérito da questão, a verdade é que a crise rendeu oportunidades para todo mundo, nos discursos, nos debates, nos noticiários jornalísticos de todo tipo. Ela rendeu dividendos para acionistas estrangeiros e para as matrizes que cobraram seus “royalties” e rendimentos em transferências de lucro crescente com a exigência de redução de custos e despesas de suas subsidiárias.
Como efeito, obrigou as demais empresas, que não estavam afetadas pela crise, a se preocuparem com ela e a tomar medidas preventivas, criando um rodamoinho que alcançou toda a sociedade.
Enquanto Obama e Lula se equilibram na corda bamba, vamos ilustrando nosso tempo com a literatura dos textos criados pelos grandes pensadores. E como o próprio Einstein disse: “nunca vi uma crise que não tivesse fim”.
Espero que o fim esteja perto, porque senão teremos que encontrar uma nova literatura para ilustrar os próximos dias.