No mundo da informação, estudos recentes de comportamento e o resultado de conversas com executivos e profissionais de comunicação revelam que a maioria das pessoas recebe informação, mas não muda de idéia.
Elas falam, comentam, criticam, elogiam, interagem, mas, na essência, continuam com as mesmas opiniões a cerca dos principais temas do cotidiano.
Os meus interlocutores concordam inteiramente com isso. Porém eles não sabem responder exatamente porque isso acontece. Eles consideram que apesar da intensidade da comunicação, as pessoas começam e terminam o ano quase sempre da mesma forma. Fazendo as mesmas coisas e com as mesmas opiniões sobre a maioria das coisas. Boa parte deles manifestou certa insatisfação, dizendo: “termina o ano e temos a sensação de que nada mudou, que teremos que repetir tudo novamente”.
Apesar de termos uma comunicação intensa, abrangente e praticada em todas as esferas e níveis, ela não é transformadora. Porque manifestar opinião a respeito de alguma coisa ou mudar de opinião sobre alguma coisa, não significa mudar de comportamento.
Os desafios básicos e essenciais da comunicação interna, por exemplo, se repetem plano a plano. Nas pesquisas de opinião realizadas em empresas, os diagnósticos na área de postura, mudança de hábitos e comportamentos, atitudes em relação a posicionamentos internos, e até em relação aos problemas da própria comunicação interna são recorrentes e incrivelmente semelhantes, ano a ano, pesquisa a pesquisa, e olha que já fiz pelo menos mais de cem.
Afinal, para que serve a comunicação? Apenas para informar? Para promover mudanças de opinião?
Não deveria se esperar que a comunicação promovesse sempre a mudança de comportamento?
Afinal, porque as pessoas recebem informação, mudam de idéia, mas não mudam de comportamento?
O mundo está cheio de comunicação de ideias, mas vazio de mudança de comportamentos.
Você já parou para pensar nisso?
O seu trabalho de comunicação está centrado na mudança de ideias ou de comportamentos?