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Tânia Brizolla, utilizando Relações Públicas como meio de conscientização e encantamento no Turismo.

Postado em: 15/02/2009 por Flávio Schmidt

Durante o período em que finalizava a entrevista anterior dessa série com Paulo de Tarso, falávamos sobre os Profissionais de Relações Públicas que migraram para a área de Turismo. Depois de selecionar alguns nomes, chegamos ao de Tânia Brizolla, uma profissional cuja carreira foi dedicada integralmente ao Turismo. Não tivemos dúvida, decidimos conversar com ela e, dando seqüência à série “Relações Públicas: um amálgama de tantas outras atividades”, agora temos a honra de apresentá-la nessa entrevista concedida ao universoRP.net.

Tânia Brizolla é formada em Relações Públicas pela PUC / RS e tem especialização em Marketing. Hoje ela é uma das mais respeitadas Profissionais de Relações Públicas na área do Turismo e ocupa o cargo de diretora do departamento de Articulação, Estruturação e Ordenamento Turístico do Ministério do Turismo. Nessa diretoria, ela é responsável pela articulação da operação da Política Nacional constante no Plano Nacional de Turismo. Além disso, ela nos contou como a atividade de Relações Públicas pode contribuir para o desenvolvimento e o fortalecimento do Turismo no Brasil.

Veja, a seguir, a brilhante entrevista de Tânia Brizolla.

Como foi o início de sua carreira profissional?
A decisão de estudar comunicação me levou a uma imediata busca por trabalhos que me oferecessem a oportunidade de praticar o meu estudo. Nesse período, fiz de tudo um pouco, de atendimento de agência de propaganda a contato comercial de uma editora de revistas, até chegar, ainda estudante, na Empresa Portoalegrense de Turismo - EPATUR onde tive minha primeira experiência na área.

Você atuou como RP em empresas?
Na própria EPATUR coordenava a área de assessoria de Comunicação e realizava em parceria com as outras áreas da empresa atividades de comunicação interna com programas de rádio, boletim informativo, organização de Mural e organização de eventos como, por exemplo, o projeto Carnaval de Rua, além, é claro, do trabalho voltado a promoção turística do Município.

O que a levou para a área de Turismo? 
O turismo entra na minha vida em 1991 quase por acaso, durante o trabalho na assessoria comunicação da EPATUR, assumi a coordenação da área e passei a me dedicar também ao Turismo. Já nessa época, percebi o quanto o turismo podia se beneficiar com as práticas de Relações Públicas, principalmente sob o ponto de vista do planejamento. O turismo é uma atividade econômica dependente de relacionamentos e aí achei um bom espaço para atuar e aplicar os conhecimentos adquiridos na minha área de formação.

Como você chegou ao cargo de diretora do departamento de Estruturação, Articulação e Ordenamento Turístico, da Secretaria Nacional de Políticas de Turismo, do Ministério do Turismo?
Foi conseqüência de 13 anos de experiência em políticas públicas para o turismo. Depois de passar pela EPATUR dirigi, por 4 anos, o departamento de Relações com Mercado e Parcerias da secretaria de Estado de Turismo do Rio Grande do Sul. Com certeza esta trajetória me qualificou para compor a equipe, em 2003, do recém criado MTur.

Que tipo de atividade desenvolve sua diretoria e qual é sua abrangência?
A abrangência é nacional, somos responsáveis pela articulação da operação da Política Nacional, traduzida no Plano Nacional de Turismo. Ou seja, coordenamos, acompanhamos e articulamos políticas para estruturação e diversificação da oferta turística; ordenamos por meio de legislação e fiscalização; apoiamos o planejamento dos Estados e Municípios, além de criar e gerenciar instrumentos de comunicação que facilitem e auxiliem na implantação do Plano Nacional de Turismo.

Como você vê a área de Turismo no Brasil?
Vejo com muito otimismo, pois o Turismo no Brasil é uma atividade econômica em processo de implantação, já avançamos muito, mas ainda necessitamos de maior compreensão por parte dos empresários, da população e dos governos quanto à importância e necessidades deste setor. Só desta forma teremos o turismo estimulando a circulação de riquezas, gerando renda e empregos. Precisamos buscar, de forma integrada, soluções que vão desde a resolução do problema do lixo em nossos destinos turísticos, como a sinalização, educação para hospitalidade, e até sensibilização da população brasileira de que viajar é um bem para toda vida e está ao alcance de muitos. Estamos falando de um setor extremamente complexo e competitivo, mas que o Brasil tem grandes chances de se posicionar de forma bastante positiva.

Você acha que os governos estão conscientes da importância do Turismo num país tropical, com sol praticamente o ano inteiro, com uma costa oceânica extensa e rica em belezas naturais? Sem contar com o interior do país rico e culturalmente diversificado.
Considero que a criação do MTur seja o marco do reconhecimento do Turismo, por parte do Governo Federal, na busca da implantação de uma política pública para esse segmento e para que esta atividade ocupe um lugar de destaque na economia brasileira. É importante ressaltar a importância que o turismo tem no processo de geração de emprego e renda, contribuindo para a balança de pagamento. O turismo tem de ser encarado como uma atividade produtiva que necessita conhecimento profissional. Já possuímos as condições de atratividade, mas ainda carecemos de uma visão estratégica que a atividade pode representar no processo de desenvolvimento dos municípios com esta vocação.

Nesse caso, o turismo precisa ser valorizado pelos governantes municipais, pelo comércio local e pela própria população. Você acha que esses níveis estão preparados para encarar o turismo com essa importância e seriedade?
Alguns destinos brasileiros já se deram conta da importância de planejar e articular políticas e ações com resultados positivos como geração de empregos, proteção do meio ambiente e preservação da cultura local, mas na maioria dos destinos há uma total desarticulação gerando um processo de desenvolvimento desordenado trazendo muitos danos à população local e ao meio ambiente.

Seria dessa forma que Relações Públicas pode oferecer sua maior contribuição como atividade conscientizadora?
Sim, as Relações Públicas podem contribuir de forma a facilitar a compreensão dos processos utilizando seus instrumentos e meios para analisar cenários de relacionamentos, contribuir para minimizar os conflitos e aumentar o nível de conscientização.

Sendo assim, que tipo de contribuição Relações Públicas poderia dar ao Turismo para o seu melhor desenvolvimento?
Além de atuar como facilitadora da implantação de uma Política Pública, monitorando e apoiando a formação de opinião pública e mediação de conflitos, também, Relações Públicas se apresenta como um poderoso instrumento de relacionamento com o turista, seja na formação de opinião sobre um destino, seja no seu encantamento direto. Enfim, considero o Turismo um setor dependente da comunicação onde Relações Públicas se destaca como atividade estratégica.

Os profissionais de turismo tem alguma percepção de que Relações Públicas pode oferecer um diferencial para suas atividades?
Sim, mas ainda está muito vinculado às ações de Marketing, onde as Relações Públicas são utilizadas como ferramenta de promoção trabalhando indiretamente em prol da construção de imagem do destino e do país.

Em que nível Relações Públicas está presente em suas atividades?
As Relações Públicas fazem parte do meu dia a dia, pois o objeto do trabalho executado pela diretoria que hoje estou à frente, exige processos contínuos de articulação, mobilização e sensibilização dos diferentes públicos que compõem a cadeia produtiva do turismo.

Você aplica pessoalmente os conhecimentos de RP em seu trabalho?
Sim, sempre busquei uma aplicação prática deste conhecimento e acredito que o sucesso do trabalho do Departamento está diretamente relacionado com isso. Criamos estratégias de relacionamentos que nos dão condições de facilitar a implantação da Política proposta pelo Plano Nacional de Turismo. Um exemplo disso é o Salão do Turismo - Roteiros do Brasil que ocorrerá na cidade de São Paulo, de 01 a 05 de julho, no Anhembi. O Salão já está na sua 4ª Edição e envolve cerca de 40 mil pessoas. Este evento foi criado com a estratégia de mobilizar as 27 Unidades da Federação com intuito de ampliar, diversificar e qualificar a oferta turística nacional, além, é claro, de proporcionar um espaço de apresentação e comercialização de novos produtos para o maior mercado consumidor do Brasil.

Que mensagem você gostaria de deixar para os profissionais de Relações Públicas e de comunicação em geral?
Neste momento atual de globalização, em que o volume de informações é descomunal e os processos de relacionamentos são decisivos no sucesso dos negócios, da política e da sustentabilidade do nosso planeta, ganham força as profissões e atividades que estiverem aptas a apontar soluções para esses desafios. E nesse caso, acredito que os profissionais de Relações Públicas ganham, por causa disso e cada vez mais, importância dentro das organizações e instituições.

 

 

Quem quiser trocar informações com Tânia Brizolla pode enviar mensagem para o endereço tania.brizolla@turismo.gov.br . Ela está aguardando seu contato.

Se você quiser enviar um comentário para o universoRP.net, mande sua mensagem para  universorp@univesorp.net

 


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