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A Idiossincrasia da Comunicação

Postado em: 14/06/2009 por Flávio Schmidt

Todos os que acompanham o universoRP sabem que sempre fui contrário a essa idéia de que tanto a crise financeira mundial quanto a crise da gripe suína iriam impactar realmente a vida das pessoas. Sempre afirmei que o impacto seria muito mais pelas medidas de precaução tomadas pelas empresas e governos do que por conseqüência direta da crise.

A meu ver isso aconteceu, só não podia imaginar qual seria a intensidade da crise provocada por esse comportamento e nem desejava fazer isso.

Durante as últimas semanas observei atentamente a evolução da crise e seu noticiário. Por exemplo, a crise financeira mundial está fazendo mais estrago no mercado agora do que durante o seu agitado movimento inicial. No início, mesmo sem a crise estar instalada, o noticiário bombardeava a mente de todos. Hoje, sabemos que o impacto está sendo desastroso, o que é lamentável, pois vivemos uma crise sem precedentes causada por razões sem precedentes.

É interessante lembrar como ficamos todos perplexos, no início da crise suína, com o anúncio dos primeiros casos, a possibilidade de propagação do vírus e o risco de uma pandemia. O México registrava 6 casos confirmados, os Estados Unidos quatro e o Brasil nenhum. Enquanto a notícia se espalhava surgiam casos isolados em alguns outros países e o alarde aumentava geometricamente. A mídia explorou o comportamento das pessoas e o que elas deveriam fazer para evitar a contaminação.

Tanto num caso quanto noutro, naquele período havia muito alarde, muita suspeita e muita expectativa. Agora não há mais alarde e as  suspeitas deram lugar a uma realidade muito mais dura do que o noticiário alardeava no começo.

Hoje a situação da crise no mercado é mais contundente causando prejuízos quase irreparáveis para as empresas. A gripe suína evoluiu negativamente chegando a números elevados e à incontestável conclusão de que a pandemia está instalada.

No total, já são quase 30 mil casos confirmados e mais de 150 mortes causadas pelo H1N1. Somente no Brasil existem 58 casos confirmados. Nos Estados Unidos 13.217, no México 6.241, no Canadá 2.978, no Chile 1.694, na Argentina 343, no Reúno Unido 822, no Japão 550, na Espanha 488, na China 188, na Alemanha 95, na França 73 e na Itália 56.

Mais interessante ainda, é observar que, apesar de todos esses números, agora não há mais nenhum debate, o noticiário passou a registrar números e dados meramente informativos e seguidamente é transmita a informação de que a situação no Brasil está sob controle e que a população deve ficar tranqüila.

Que seja assim, mas não dá para entender porque a idiossincrasia da comunicação atua de forma inversa diante da evolução da realidade.

Perguntei para alguns profissionais influentes porque isso ocorre e a resposta foi de que se trata da natureza da informação. O que gera e alimenta a informação são seus elementos estimulantes e quando eles se transferem para outros assuntos como a queda do avião da Air France, por exemplo, o interesse se move com eles.

Do ponto de vista de Relações Públicas, você acha que isso está correto? Os comunicadores não deveriam usar a informação para propósitos mais utilitários, a fim de construírem condições de vida melhores a todos, para o bem comum? Não seria agora o momento de avaliar o que está acontecendo, já que temos histórico de causas e resultados e orientar correta e positivamente a população, os grupos de interesse e os públicos das organizações?

Você que é um profissional de comunicação, o que acha que poderia fazer para mudar essa situação?




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